sexta-feira, 18 de março de 2011

Plano de Contingência ou Plano de Continuidade de Negócios (Segurança da Informação)

Plano de Contingência ou Plano de Continuidade de Negócios na Segurança da Informação


Num mundo de negócios competitivo como o de hoje, as empresas
simplesmente não podem mais ficar indisponível para seus clientes mesmo que
tenham problemas com seus processos de negócios, recursos e / ou dados e
informações. Velocidade de processamento e de decisões, altíssima
disponibilidade, flexibilidade e foco em produtos de acordo com o mercado são
requisitos fundamentais para "sobrevivência e sucesso". Porém, se não houver
Planejamento para Segurança e Contingência adequados, alguns ou até todos
requisitos estarão ameaçados e, conseqüentemente, a empresa ameaçada.
Definições
Plano de Contingência – Um plano para a resposta de emergência,
operações backup, e recuperação de após um desastre em um sistema
como a parte de um programa da segurança para assegurar a
disponibilidade de recursos de sistema críticos e para facilitar a
continuidade das operações durante uma crise.
Disponibilidade – A propriedade que e um sistema ou um recurso de
sistema de estarem acessíveis e utilizáveis sob demanda por uma entidade
autorizada pelo o sistema, de acordo com especificações de desempenho
projetadas para o sistema; isto é, um sistema que está disponível para
fornecer serviços de acordo com o projeto do sistema sempre que pedido
por seu usuário.
Confiabilidade – A habilidade de um sistema de executar uma função
requerida sob condições indicadas por um período de tempo especificado.
Sobrevivência - A habilidade de um sistema de continuar em operação ou
existindo apesar das condições adversas, inclui as ocorrências naturais,
ações acidentais, e ataques ao sistema.
Conceitos10
Diferentemente do que se pensava há alguns anos sobre definição de
Continuidade de Negócio, quando o conceito estava associado à sobrevivência
das empresas – principalmente através das suas estratégias comerciais,
redução de custos com produtividade e fortalecimento da marca –, observa-se
atualmente uma mudança que cria um novo conceito associado a um modelo
de gestão mais abrangente, onde todos os componentes e processos
essenciais ao negócio tenham os seus risco de inoperância ou paralisação
minimizadas por Planos de Continuidade de Negócios atualizados,
documentados e divulgados corretamente.
Na época em que o antigo conceito era usado, todas as preocupações
referentes a inoperabilidade dos componentes (sejam estes de suporte à
tecnologia ou aos processos) eram tratadas isoladamente por cada gestor ou
técnico responsável que, como não possuíam uma visualização necessária de
todas as interdependências existentes, não orientavam a implementação às
atividades fins da empresa. Em um primeiro momento imagina-se que Planos de Continuidade visam permitir que os negócios sejam mantidos da mesma forma durante o regime de contingência. Este tipo de raciocínio é restrito. O que devemos levar em conta é "o que é que nossos clientes precisam?" E assim considerar "a continuidade de que serviços (ou da oferta de que produtos) nossos clientes esperam de nós?".
Seria necessário então criar uma solução onde todas as áreas
pudessem ter uma visão global dos seus inter-relacionamentos e, com isto
seria possível definir critérios referentes ao custo de recuperação, de
inoperância ou de impacto refletidos na atividade fim da empresa.
Quando se enumerava os grandes vilões responsáveis pela
indisponibilidade e o caos nas empresas, pensava-se em desastres como as
ameaças naturais, terremotos, inundações e outros similares. Porém, estes
fatores perderam terreno para as vulnerabilidades herdadas pelas empresas
em decorrência do aumento desenfreado, e necessárias, das novas
tecnologias.
Com isso, o conceito de desastre, antes atrelado ao caos gerado por
fatores naturais, vem sendo substituído pelo conceito de evento, que é a
concretização de uma ameaça previamente identificada, podendo ser seguido
ou não de um desastre.
Por exemplo, o recebimento de um vírus por um usuário de e-mail
identifica-se como um evento até que o programa seja executado, resultando
na perda de dados, o que seria um desastre, considerando o valor das
informações atingidas.
Nos dias de hoje, após os atentados nos Estados Unidos, intensifica-se
um conceito de estado de alerta para o Plano de Continuidade de Negócios
denominado Plano de Administração de Crise, onde todas as medidas para o
estado de vigilância e ações de resposta emergenciais devem estar
documentadas e destinadas às equipes de plantão responsáveis pela sua
execução.
Através destas medidas, observamos cada vez mais que a continuidade
dos processos e negócios está atrelada não somente à recuperação ou ao
contingenciamento dos processos vitais, mas também à vigilância contínua dos
eventos.
Sendo assim, quando é possível a identificação imediata da
probabilidade da ocorrência de um evento que ocasionará a indisponibilidade
de um processo crítico ou vital, este deverá ser tratado como uma situação de
crise – aplicando-se o plano de controle e administração para a redução do
risco desta ocorrência.
Justificando
Mesmo sem ter planos formais de contingência, através dos
questionamentos abaixo um alto executivo pode saber se a sua organização
está preparada para o inevitável:
Quais são os principais negócios da minha empresa ?
Quais são os fatores de risco operacionais que podem afetar seriamente os
negócios da empresa ?
Qual seria o impacto nas receitas geradas pelo negócios da empresa se um
ou mais fatores de risco se manifestasse ?
Como a empresa está preparada para lidar com o inevitável ou o
inesperado ?
Para cada questão não respondida ou respondida insatisfatoriamente,
cresce a vulnerabilidade da empresa frente a fatos cuja ocorrência esteja fora
de seu controle, sendo a ponderação dessa vulnerabilidade maior quanto maior
a ordem da questão não respondida.
Estratégias de Contingência11
Estratégia de Contingência Host-site – Recebe este nome por ser uma
estratégia “quente” ou pronta para entrar em operação assim que uma
situação de risco ocorrer. O tempo de operacionalização desta estratégia
está diretamente ligado ao tempo de tolerância a falhas do objeto. Se a
aplicássemos em um equipamento tecnológico, um servidor de banco de
dados, por exemplo, estaríamos falando de milissegundos de tolerância
para garantir a disponibilidade do serviço mantido pelo equipamento.
Estratégia de Contingência Warm-site – Esta se aplica a objetos com
maior tolerância à paralisação, podendo se sujeitar à indisponibilidade por
mais tempo, até o retorno operacional da atividade. Tomemos, como
exemplo, o serviço de e-mail dependente de uma conexão. Vemos que o
processo de envio e recebimento de mensagens é mais tolerante que o
exemplo usado na estratégia anterior, pois poderia ficar indisponível por
minutos, sem, no entanto, comprometer o serviço ou gerar impactos
significativos.
Estratégia de Contingência Cold-site – Dentro do modelo de classificação
nas estratégias anteriores, esta propõe uma alternativa de contingência a
partir de um ambiente com os recursos mínimos de infra-estrutura e
telecomunicações, desprovido de recursos de processamento de dados.
Portanto, aplicável à situação com tolerância de indisponibilidade ainda
maior.
Estratégia de Contingência de Realocação de Operação – Como o
próprio nome denuncia, esta estratégia objetiva desviar a atividade atingida
pelo evento que provocou a quebra de segurança, para outro ambiente
físico, equipamento ou link, pertencentes à mesma empresa. Esta
estratégia só é possível com a existência de “folgas” de recursos que
podem ser alocados em situações de crise. Muito comum essa estratégia
pode ser entendida pelo exemplo que se redireciona o tráfego de dados de
um roteador ou servidos com problemas para outro que possua folga de
processamento e suporte o acúmulo de tarefas.
Estratégia de Contingência Bureau de Serviços – Considera a
possibilidade de transferir a operacionalização da atividade atingida para
um ambiente terceirizado; portanto, fora dos domínios da empresa. Por sua
própria natureza, em que requer um tempo de tolerância maior em função
do tempo de reativação operacional da atividade, torna-se restrita a poucas
situações. O fato de ter suas informações manuseadas por terceiros e em
um ambiente fora de seu controle, requer atenção na adoção de
procedimentos, critérios e mecanismos de controle que garantam condições
de segurança adequadas à relevância e criticidade da atividade
contingenciada.
Estratégia de Contingência Acordo de Reciprocidade – Muito
conveniente para atividades que demandariam investimentos de
contingência inviáveis ou incompatíveis com a importância da mesma, esta
estratégia propõe a aproximação e um acordo formal com empresas que
mantêm características físicas, tecnológicas ou humanas semelhantes a
sua, e que estejam igualmente dispostas a possuir uma alternativa de
continuidade operacional. Estabelecem em conjunto as situações de
contingência e definem os procedimentos de compartilhamento de recursos
para alocar a atividade atingida no ambiente da outra empresa. Desta
forma, ambas obtêm redução significativa dos investimentos. Apesar do
notório benefício, todas as empresas envolvidas precisam adotar
procedimentos personalizados e mecanismos que reduzam a exposição das
informações que, temporariamente, estarão circulando em ambiente de
terceiros. Este risco se agrava quando a reciprocidade ocorre entre
empresas pseudoconcorrentes que se unem exclusivamente com o
propósito de reduzir investimentos, precisando fazê-lo pela especificidade
de suas atividades, como por exemplo, no processo de impressão de
jornais.
Estratégia de Contingência Auto-suficiência – Aparentemente uma
estratégia impensada, a auto-suficiência é, muitas vezes, a melhor ou única
estratégia possível para determinada atividade. Isso ocorre quando
nenhuma outra estratégia é aplicável, quando os impactos possíveis não
são significativos ou quando estas são inviáveis, seja financeiramente,
tecnicamente ou estrategicamente. A escolha de qualquer uma das
estratégias estudadas até o momento depende diretamente do nível de
tolerância que a empresa pode suportar e ainda depende do nível de risco
que seu executivo está disposto a correr. Esta decisão pressupõe a
orientação obtida por uma análise de riscos e impactos que gere subsídios
para apoiar a escolha mais acertada.
Planos de Contingência
São desenvolvidos para cada ameaça considerada em cada um dos
processos do negócio pertencentes ao escopo, definindo em detalhes os
procedimentos a serem executados em estado de contingência. É
acertadamente subdividido em três módulos distintos e complementares que
tratam especificamente de cada momento vivido pela empresa.
Plano de Administração de Crise – Este documento tem o propósito de
definir passo-a-passo o funcionamento das equipes envolvidas com o
acionamento da contingência antes, durante e depois da ocorrência do
incidente. Além disso, tem que definir os procedimentos a serem
executados pela mesma equipe no período de retorno à normalidade. O
comportamento da empresa na comunicação do fato à imprensa é um
exemplo típico de tratamento dado pelo plano.
Plano de Continuidade Operacional – Tem o propósito de definir os
procedimentos para contingenciamento dos ativos que suportam cada
processo de negócio, objetivando reduzir o tempo de indisponibilidade e,
conseqüentemente, os impactos potenciais ao negócio. Orientar as ações
diante da queda de uma conexão à Internet, exemplificam os desafios
organizados pelo plano.
Plano de Recuperação de Desastres – Tem o propósito de definir um
plano de recuperação e restauração das funcionalidades dos ativos
afetados que suportam os processo de negócio, a fim de restabelecer o
ambiente e as condições originais de operação.
É fator crítico de sucesso estabelecer adequadamente os gatilhos de
acionamento para cada plano de contingência. Estes gatilhos de são
parâmetros de tolerância usados para sinalizar o início da operacionalização da
contingência, evitando acionamentos prematuros ou tardios. Dependendo das
características do objeto da contingência, os parâmetros podem ser: percentual
de recurso afetado, quantidade de recursos afetados, tempo de
indisponibilidade, impactos financeiros, etc.
Principais fases de elaboração do Plano de Contingência
Corporativo
O Plano de Contingência Corporativo provê a avaliação de todas as
funções de negócio, juntamente com a análise do ambiente de negócios em
que a empresa se insere, ganhando-se uma visão objetiva dos riscos que

ameaçam a organização. Com o Plano de Contingência, ela poderá se
assegurar de que possui o instrumental e treinamento necessários para evitar
que interrupções mais sérias em sua infra-estrutura operacional possam afetar
sua saúde financeira.
A metodologia do Programa do Plano de Contingência consiste de 6 passos:
1 Avaliação do projeto: escopo e aplicabilidade;
2 Análise de risco;
3 Análise de impacto em negócios;
4 Desenvolvimento dos planos de recuperação de desastres;
5 Treinamento e teste dos planos;
6 Implementação e manutenção;
Riscos Envolvidos
São vários os riscos envolvidos na criação e análise de um Plano de
Contingência. 
 Preparação - Back-up - Testes - Armazenamento Off-Site - Segurança do Processo - Documentação - treinamento - Revisões Periódicas - Tecnologia - Integridade e Disponibilidade.

Mais Informações
O NIST – National Institute of Standards and Technology
(http://www.nist.gov/) criou um documento intitulado Contingency Planning
Guide for Information Technology Systems que demonstra os conceitos já
explicados aqui e métodos / exemplos de como aplicar e realizar um Plano de
Continuidade de Negócios.

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