domingo, 18 de setembro de 2011

Mercado de segurança eletrônica nacional deve chegar a US$ 2 bi este ano


Cerca de 53% das câmeras estão no Sudeste.
Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos (Abese), o mercado brasileiro de segurança eletrônica deverá atingir até o final do ano uma meta de US$ 2 bilhões. Um dos fatores que contribuem para esse crescimento é a intensa procura por câmeras de vigilância. No entanto, estes equipamentos são mal distribuídos pelo país. Cerca de 53% das câmeras estão concentradas no Sudeste, 22% no Sul, 12% no Centro-Oeste, 9% no Nordeste e somente 4% na região Norte.
Apesar da desigualdade regional, na última década o setor cresceu no Brasil em um ritmo de 13% ao ano. Com isso, a tecnologia tem contribuído para o desenvolvimento de novos sistemas mais sofisticados e modernos. As câmeras do passado, por exemplo, eram apenas dispositivos para capturar imagens e não influenciavam os sistemas aos quais eram empregadas.
Hoje, os “olhos eletrônicos” auxiliam os gravadores com o armazenamento de dados, realizam análises sobre a imagem em tempo real e podem enviar notificações e configurações de como deverão ser transmitidas e gravadas essas imagens. As câmeras atuais possuem detecção de movimento integrado, mecanismos inteligentes para detecção de áudio, rastreamento de pessoas ou veículos e contagem, utilizando os algoritmos e protocolos de segurança de rede avançados.
Atualmente, as câmeras também são capazes de funcionar como um servidor de imagens, gravando-as localmente (através de um cartão SD ou usando HD em estado sólido) e processando análises complexas para envio à central de monitoramento. Além disso, elas permitem a obtenção das imagens em alta resolução, com métodos de compressão para permitir o tráfego dessas informações sem impactar a rede das empresas.
Para Simão Fernandes, gerente de produto da G4S, multinacional de segurança privada, as principais tendências para tecnologias em câmeras de segurança são a migração para sistemas puramente IP, usando imagens com resoluções Full HD e novos padrões de compactação que utilizem menor espaço para gravação em disco, além de maior compactação de pacotes para transmissão via rede. “A análise comportamental será aperfeiçoada com a possibilidade de reconhecimento facial, utilizando apenas uma câmera”.
Até 2014 espera-se que o uso das câmeras de monitoramento eletrônico seja duplicado, com o objetivo de reforçar a segurança no país com a aproximação dos grandes eventos esportivos. Além dos estádios, os hotéis, prédios públicos e ruas devem ter maior controle. Só em São Paulo, que hoje conta com mais de um milhão de câmeras, o equivalente a uma para cada 10 habitantes, nos próximos três anos terá uma câmera para cada cinco habitantes, segundo estimativas da Abese.

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